Uma das principais reclamações dos clientes da linha está relacionada a uma suposta diminuição do caráter “profissional” das máquinas, cada vez mais impenetráveis e difíceis (ou impossíveis) de se fazer upgrades.
Dentro desta insatisfação (quase) generalizada entre seu público fiel, uma questão se sobressai: o limite de 16GB de RAM imposto em todos os computadores portáteis da Apple. Claro, 16GB é uma quantidade mais que satisfatória (ou até exagerada) para 90% dos usuários, mas, tratando-se do MacBook Pro, é de se esperar que alguns dos seus clientes profissionais precisem de algo além disso.
Bom, se você por acaso faz parte desse grupo, pode puxar um banquinho e esperar sentado(a) — ao menos de acordo com esse rumor do DigiTimes.
O “X” da questão aqui não é a Apple em si, mas a Intel: como bem sabemos, a atual arquitetura de processadores da empresa utilizada pela Maçã é a Kaby Lake, que, nos computadores portáteis, limita a RAM aos atuais 16GB. A primeira geração que suportará a memória LPDDR4 (que pode chegar a 32GB) será a Cannonlake, que já foi adiada diversas vezes e estava prometida, da última vez que se falou sobre isso, para o início de 2018.
Agora, de acordo com informações do DigiTimes — aparentemente confirmadas neste slide da Intel obtido pelo Patently Apple —, a nova arquitetura atrasará mais uma vez e chegará apenas no fim do ano que vem.
O atraso tem a ver com a própria natureza da nova arquitetura — a geração Cannonlake é a primeira da Intel a trazer um processo de fabricação de 10 nanômetros, após diversas gerações de 14 nanômetros (como a Kaby Lake e a Coffee Lake, que vem logo em seguida). De fato, com o atraso, várias fabricantes de notebooks já teriam decidido pular a geração como um todo e aguardar a arquitetura seguinte, batizada de Ice Lake. Não se sabe, entretanto, qual a posição da Apple em relação a isso.
O fato é que a notícia põe a Maçã numa situação não muito confortável. Os MacBooks Pro com 32GB de RAM já eram esperados neste ano; um atraso de mais uma geração certamente potencializaria muito as reclamações dos usuários. Obviamente, a Apple não tem uma culpa direta nessa história, mas… bom, foi Steve Jobs que escolheu trabalhar com a Intel, no fim das contas.
Tudo isso leva à pergunta inevitável: será que seria a hora dos Macs passarem a adotar processadores próprios, como os iPhones e iPads? O chip A11 Bionic, bem como alguns dos seus antecessores, já são fabricados num processo de 10 nanômetros, é bom notar — mas nada indica que a sua aplicação numa máquina poderosa como o MacBook Pro faria algum bem aos computadores da Apple.
Certamente, este é um movimento que está sendo estudado em Cupertino e só será posto em prática quando a Maçã estiver tendo plena consciência do que está fazendo. Ao menos, é o que esperamos.
Fonte: macmagazine